Grupo Unamérica lança Canções para Tempos de Cólera

O Grupo Unamérica lança o novo álbum Canções para Tempos de Cólera com show no Ecarta Musical dia 22 de janeiro, 18 horas. O grupo completa 38 anos e traz esse novo trabalho com letras comprometidas com causas sociais que buscam questionar a cultura de ódio sentida atualmente na sociedade.

São 12 músicas antigas e novas com poéticas para enfrentar os tempos atuais, tendo nos arranjos  violão e vários instrumentos de origem andina. O duo formado por Dão Real e Zé Martins terá nesta apresentação a participação especial de Vinícius Braun na gaita, violão e viola.

sonoridades continentais

Com um estilo próprio, as composições do2 Unamérica sempre foram influenciadas pelos vários momentos históricos e políticos da América Latina. Seu trabalho representa um catalisador de experiências que vêm dos festivais nativistas, somados com a música gaúcha e aspectos culturais da América Latina e do Brasil urbano e rural.

Nos 38 anos de existência, o Unamérica transformou-se em uma referência por meio da ousadia e ineditismo da sua proposta, associada a uma musicalidade original e universal. A sonoridade musical nos transporta pela história da música no Rio Grande do Sul, para lugares e épocas deste vasto continente.

Através da variedade de instrumentos como as primitivas flautas de taquara e de argila, a viola caipira com afinação cebolão e o violão, o duo tece melodias com o charango (pequeno instrumento andino de dez cordas), a rabeca, o acordeon, o quatro venezuelano, o triângulo e o bombo leguero. Surgem ritmos como chamamés e chacareiras argentinas, cuecas bolivianas, huaynos peruanos, candombes uruguaios, milongas pampeanas, xotes e baiões do nordeste brasileiro, bois, sambas e o canto do homem do interior do Brasil.

o show
O show traz canções como a versão em português (Dão Real) da canção chilena El Pueblo Unido Jamás será Vencido, de Sérgio Ortega e Quilapayun.

Também apresenta músicas que trazem o universo dos agricultores familiares, como Festa da Colheita (Zé Martins). Uma música para celebrar a colheita, a partilha da terra, a mesa farta e os frutos da luta. Já Canção Campesina (Zé Martins) é uma homenagem ao Movimento das Mulheres Camponesas (MMC) e a todas as mulheres do campo e da cidade, que lutam por seus direitos, pela vida, pela paz.

Em Pachamama (Zé Martins), uma canção com ritmo andino, é abordada a espiritual e sensível relação com a mãe-terra e a necessidade da luta em defesa da terra e a paz entre os povos.

 

trajetória
O Grupo Unamérica iniciou suas atividades em 1983 e desde então ininterruptamente fez shows em diferentes espaços, participou de inúmeros festivais, recebeu dezenas de premiações e gravou vários LPs e CDs.  Em 1989 lança o LP Unamérica; em 1992 lança Unamericando; em 1998 lança o CD Unamérica para marcar os 15 anos. Em 2009 participa do CD Trovas da Pátria Grande. Em 2017 participa da coletânea do CD Pássaro Poeta musicando as letras juntamente com Raul Elwanguer e Pedro Munhoz. Em 2021 lança o EP 1 e 2 de Canções para Tempos de Cólera nas plataformas digitais e agora o álgum no show do Ecarta Musical.

os músicos

José Carlos Martins é natural de Prto Alegre e reside atualmente em Lomba Grande, município de Novo Hamburgo – RS. Professor, músico e artista plástico. Licenciado em Educação Artística, bacharel em Artes Plásticas e pós-graduado em Educação, Estética e Arte pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Músico profissional há quase 40 anos, com uma longa trajetória de participações em festivais, mostras coletivas, CDs, shows e eventos culturais em vários estados do Brasil e em países latino-americanos como Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia e Cuba. Gravou e dirigiu como Grupo Unamérica três discos (Unamérica, Unamericando e Unamérica 15 anos). Participou também de várias coletâneas juntamente com músicos brasileiros, uruguaios, chilenos e cubanos.

Dão Real é natural de Vera Cruz, RS. Músico e compositor, integrante do Grupo Unamérica. Participou da gravação dos discos LP Unamérica e Unamericando e do CD Unamérica 15 Anos. Também participou das coletâneas Trovas da Pátria Grande e Pássaro Poeta, com diversos músicos e compositores brasileiros e latino-americanos. Participou de diversos festivais de música e espetáculos pelo Brasil e fora dele. Trabalhou por cinco anos como músico contratado da Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo atuando no Grupo Folclórico municipal e em projeto especial na Secretaria de Educação daquele município denominado Música nas Escolas. Atualmente é servidor público federal e ativista da organização não governamental denominada Instituto Justiça Fiscal.

Festa da Colheita (Zé Martins)
Mutirão (Zé Martins)
Gracias Pachamama (Zé Martins)
João de Tal (Dão Real)
Povo Unido (Dão Real)
Canção Campesina (Zé Martins)
Menina da Feitoria (Zé Martins)
Chapéu de Palha (Dão Real)
Colonos (Dão Real)
Ninguém se deu conta (Dão Real)
Lanceiros da Esperança (Zé Martins)

Festa da Colheita (Zé Martins)
Mutirão (Zé Martins)
Gracias Pachamama (Zé Martins)
João de Tal (Dão Real)
Povo Unido (Dão Real)
Canção Campesina (Zé Martins)
Menina da Feitoria (Zé Martins)
Chapéu de Palha (Dão Real)
Fronteiras Livres (Zé Martins)
Colonos (Dão Real)
Ninguém se deu conta (Dão Real)
Lanceiros da Esperança (Zé Martins)
Créeme – Homenagem a Vicente Feliu

O Grupo Unamérica começa suas atividades em 1983, no Vale dos Sinos/RS. Formado originariamente por Dão Real, José Carlos Martins e Protásio Prates (já falecido), o Unamérica teve também em sua formação o músico e compositor Luis César de Oliveira.

No início da década de 1980 a cena musical no Rio Grande do Sul era efervescente, com  muitos festivais nativistas pelas cidades do interior do estado, festivais universitários, de  canções populares e rock gaúcho, com o surgimento de muitas bandas, transformando-se em uma referência nacional.

Dão Real, estudante na Unisinos, Martins, na Ufrgs, e Protásio Prates, professor, todos ligados ao movimento estudantil, começam um intercâmbio com estudantes universitários de outros países da América do Sul.

A cultura e, principalmente, a música estiveram sempre presentes nestes encontros. As Peñas Folclóricas e as Tertúlias passam a ser frequentes e o intercâmbio musical mostra as semelhanças culturais, as possibilidades e as necessidades de cantar esta América tão diversa e tão única. Surge então o Grupo Unamérica, com esta ideia de integração latino-americana, tendo a arte como instrumento.

Seguindo Fernando Brant na canção de Milton Nascimento “Ficar de frente para o mar e de costas para o Brasil, não vai fazer deste lugar um bom país”, o Unamérica abre os braços para a América, aprendendo a tocar seus instrumentos nativos, como o Charango, o Bombo Leguero, o Quatro Venezuelano, as Ocarinas e as Zampoñas, mesclando os ritmos folclóricos e tradicionais com poesias que mostram o homem e o meio em que ele vive, contando que somos iguais, só não falamos a mesma língua.

data
22 de janeiro de 2022, 18 horas

local
Presencial, na sede da Fundação Ecarta (Avenida João Pessoa, 943, Porto Alegre)  com a participação de 30 pessoas por ordem de chegada com entrega de senhas a partir das 17 horas. Obrigatório uso de máscara e apresentação do passaporte vacinal. Transmissão ao vivo no canal da Fundação Ecarta no Youtube

entrada franca