Um firme e vibrante NÃO em Caxias do Sul
A mostra, inaugurada na sede da galeria Ecarta em dezembro do ano passado, inicia sua itinerância por Caxias do Sul.Trata-se de uma coleção de trabalhos dos anos 1970 e 1980, de artistas, em sua maioria, brasileiros, ligados à arte-correio, que têm no papel sua principal mídia: revistas, jornais, livros, fotocópias, envelopes, selos, pôsteres, cédulas. Materiais de natureza gráfica que visavam extrapolar paredes de museus e galerias, escapar da censura, ativar redes internacionais e experimentar formas alternativas de circulação. Propondo um diálogo com as iniciativas históricas, “Um firme e vibrante NÃO” traz a produção de artistas contemporâneos não apenas engajados na luta política, mas que também resgatam certa crítica/retórica formatada após os levantes de 68. Trabalhos pautados pelo questionamento crítico e a desconstrução do naturalizado, pela recusa e insubordinação, pelo humor e o sarcasmo.
curadores
Jorge Bucksdricker
Jorge Bucksdricker é graduado em Filosofia, mestre em Epistemologia e doutorando em Artes Visuais. Publicou os livros Solstícios (IEL/RS – 2005) e Pinus (Edição do Autor – 2011). Nos últimos anos, participou de exposições em Porto Alegre (Tratar de Conciliar os Olhos – 2013 ePoesia Visual Contemporânea: Delitos e Dilemas – 2009) e em Santiago do Chile (Ejercicios de Posibilidad – 2012), ministrou cursos, publicou ensaios sobre arte e literatura, editou a revista virtual Ferramentas Errantes e o zine Antes, Pelo Contrário.
Leo Felipe é jornalista, mestre em artes visuais e coordenador artístico da Galeria Ecarta, tendo assinado a curadoria das exposições Objeto: Som (2011), Sobre Amanhã (2012), Os Nau Caminhos de Roger Canal (2013), Chico Machado: Aparelhos que fazem Zóing! (2014) e Um firme e vibrante NÃO (2015). Com o artista Alexandre Navarro Moreira apresentou a performance AUTACOM no Espaço Maurício Rosenblatt, em Porto Alegre (2013), e no EAC, em Montevidéu (2014). É diretor da rádio online minima.fm. Foi curador da exposição Cracapraquetequeromania (Museu do Trabalho, 2015), primeira individual do músico e ilustrador Diego Medina. Foi diretor e editor-chefe do programa Radar (TVE/RS) e curador do projeto República do Rock, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre. Tem dois livros de ficção publicados, Auto (2004) e O Vampiro (2006), e o livro de memórias A Fantástica Fábrica (2014), que reconta a história do reduto underground porto-alegrense da década de 1990, Bar Garagem Hermética, do qual foi um dos fundadores.
em cartaz
abertura: 7 de março, sábado às 18h
visitação: de 11 de abril de 2015 , de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h; Sábados, das 15h às 18h.
Entrada franca
Confira a inauguração da mostra em Porto Alegre
local
Galeria de Artes do Centro Municipal de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho, Caxias do Sul