Olheiro*

Futebol é religião. Ir ao estádio aos domingos é uma celebração litúrgica com 22 sacerdotes num altar-mor gramado. Futebol é ciência. Com engenho criaram quase tudo. Criaram a folha seca! Futebol é arte. Um espetáculo onde jogam por música e enfeitiçam o espectador. Nas obras desta exposição, os cinco artistas tematizam sua religião, com ciência e arte.

artistas

Nasceu em Faxinal do Soturno, RS, em 1968. Começou seus estudos com 11 anos de idade, em Sant’Ana do Livramento, com o professor uruguaio Osmar Santos. Depois em Porto Alegre, onde reside, estudou desenho no Atelier Livre da prefeitura com Anete Abrano e gravura em metal com Armando Almeida. Obteve premiações no Salão de Artes Plásticas da Chico Lisboa, em Porto Alegre, em 1993, e no 49º Salão Paranaense, em Curitiba, ambos com pintura. Participou de várias exposições coletivas, como em 1991 na 3ª Mostra Gaúcha de Gravura no Atelier Livre. Atualmente é o responsável pelo atelier de gravura em metal da Fundação Iberê Camargo.

Currículo Futebolístico do Eduardo – Deu seus primeiros passes no campo de chão batido da Vila Querolo, em Santana do Livramento. Chegou a atuar no Exterior, onde defendeu o Tranqueras, da Vila Quaró, em Rivera, no Uruguai. Centroavante matador, suas últimas atuações foram pelo Chuva de Gol, time punkrock da capital gaúcha, onde fez uma dupla de ataque afinada com o replicante Claudio Heinz. Atualmente é técnico em gravura em metal na Fundação Iberê Camargo e pintor. Sua mais recente exposição individual foi em 2004, na Galeria Bolsa de Arte, em Porto Alegre. É torcedor do Internacional.

Em OLHEIRO- Eduardo mostrará uma série de 11 monotipias intitulada “O time de um craque só”. As imagens retratam um time onde os 11 jogadores tem a mesma cara. Também executará um trabalho onde o suporte é a própria parede da sala de exposições. Nesta obra, a imagem é adquirida através de marcas feitas com uma bola suja de barro, um processo semelhante ao carimbo. Além desses trabalhos vai expor fotografia.

Nasceu em São Paulo, em 1960. Cursou Arquitetura na FAU/USP e Artes Plásticas na UFRGS. Conhecido internacionalmente como ilustrador e quadrinista. Por dois anos publicou diariamente a tira “Vida Boa” no jornal Folha de São Paulo. Seu trabalho é freqüente em importantes revistas de quadrinhos, tais como: 2Wbox (Suíça), Complot (México), Que Suerte (Espanha), Lapiz Japonez (Argentina), L’Apparition (França), Heaven (Dinamarca), Death Race (EUA), e várias outras no Brasil. É editor da coleção Mini-Tonto, pela qual ganhou em 1998 o Prêmio Projeto Editorial no 10º Troféu HQ-MIX. Com quadrinhos ganhou o primeiro prêmio do 1º Salão Internacional de Desenho para Imprensa de Porto Alegre. Tem participado de várias exposições coletivas, principalmente com a Grafar, associação dos artistas gráficos gaúchos, e o grupo de artistas plásticos Último Andar, do qual também é integrante. Individualmente expôs “Dibujitos”, no Centro Cultural Recoleta, em Buenos Aires, e “As Férias de Hércules”, no Museu do Trabalho, em Porto Alegre. Fabio Zimbres reside em Porto Alegre, onde mantém um atuante estúdio de desenho.

Currículo Futebolístico do Fabio – Iniciou nos gramados da Escola Parque da 308 Sul, em Brasília, e depois jogou no Country Clube de Três Corações, MG, terra do Rei Pelé. Voltou a Brasília onde jogou nos campinhos do lago Paranoá. Encerrou sua carreira pelo time da revista Dundum, onde formava o meio campo com Adão Iturrusgarai e Gilmar Rodrigues, em partidas disputadíssimas no areião do Parque Marinha do Brasil, em Porto Alegre. Atualmente se dedica a arte gráfica. Torce pelo Corinthians.

Em OLHEIRO – Fabio apresentará um desenho em grandes dimensões, utilizando como suporte um plástico transparente. A imagem é feita com tinta PVA e acrílica. Nela, um antigo personagem das tiras que o artista fez no passado, renasce e se torna o astro principal.

organizador

Começou a trabalhar no meio artístico em 1987, como auxiliar técnico na Oficina de Gravura do Museu do Trabalho, na época coordenada por Danúbio Gonçalves. Em 1991, a convite da direção do museu assumiu o cargo de coordenador da oficina. Em 1992, acumulou o cargo de organizador da Sala de Exposições, onde já realizou neste período cerca de 150 mostras de artistas locais, nacionais e estrangeiros. Através do Museu do Trabalho levou exposições de artistas gaúchos a outros estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Santa Catarina) e países (Argentina, Uruguai e Chile), além de várias cidades do interior do Rio Grande do Sul (Passo Fundo, Caxias do Sul, Bagé e Pelotas entre outras).

em cartaz
Até 30 de julho de terça a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 20h; e domingo, das 10h às 18h.
Entrada franca

local
Fundação Ecarta – Av. João Pessoa, 943 – Porto Alegre