Horizonte de eventos

A exposição reúne trabalhos de artistas cujas obras estão intimamente ligadas ao desenho enquanto estrutura de pensamento.

As propostas de Elida Tessler, Fernando Lindote, Gisela Waetge, Jailton Moreira e Maria Lucia Cattani articulam linhas, grafismos, margens como elementos balizadores de um campo expandido, que é a arte contemporânea e suas possibilidades expressivas.

As obras aqui expostas, ainda que cada uma aponte para uma vertigem diferente, indicam um compromisso conceitual e não formal com o desenho o que nos permite enxergá-las em uma história constantemente reescrita e em transformação.

GABRIELA MOTTA | Curadora

Jornalista, curadora e crítica de arte, é doutoranda em História, Teoria e Crítica de Arte pelo PPGAV/UFRGS e mestre pelo mesmo programa e instituição. Curadora assistente da 8ª Bienal do Mercosul e de artes visuais do Centro Cultural São Paulo (2008-2010). Em 2010, atuou no Projeto Educativo da 29ª Bienal de São Paulo, no grupo de crítica de arte do Paço das Artes (2007, 2008 e 2010) e no Instituto Tomie Ohtake, na área de cursos e publicações educativas (2006-2010). Em 2009, participou do programa Courants du Monde, na França, formação em artes plásticas e política cultural oferecida pela Maison de Cultures du Monde em parceria com o Ministério da Cultura francês. Publicou artigos e entrevistas em revistas como Contemporary (Londres), Exit Express (Madri), Número (São Paulo), Tatuí (Recife) e Aplauso (Porto Alegre). Como curadora, realizou a exposição Dois pontos (2010), no Museu Murillo La Greca, em Recife, coordenou o projeto Artistas Convidados do Programa de Exposições 2009 do CCSP, desenvolveu o projeto Vandeluz para a 7a Bienal do Mercosul (2009) e em parceria com outros curadores realizou as exposições Sinais de fumaça (2009) e Passagens secretas (2008), no CCSP, e Campo coletivo (2008), no Centro Universitário Maria Antonia, além de ter integrado o projeto Arte e Identidade Cultural na Indústria, promovido pelo SESI-RS (2007-2008).

Em 2010, participou da comissão de seleção do prêmio EDP na Artes, promovido pelo Instituto Tomie Ohtake, tendo integrado o júri do edital Conexões Artes Visuais/MinC/Funarte/Petrobras em 2007. Já atuou na equipe da revista Aplauso como responsável pela área de artes visuais (2002-2005) e na Fundação Iberê Camargo, como estagiária e editora do site da instituição (2001-2003).

É escultor, mas não se prende a nenhuma linguagem específica: faz uso de vídeo, escultura, fotografia, desenho, colagem, performance e instalação. WMT lança mão da ficção científica, do teatro clássico e da literatura como universo de possibilidades de busca da identidade do homem contemporâneo. Realizou as exposições individuais “tempo de dizer um” no Centro Universitário Maria Antonia, “Herói” no Instituto Tomie Ohtake, “O barqueiro” na Marilia Razuk Galeria de Arte todas em São Paulo; “Herói” no MAC Niterói e O” barqueiro” na Galeria Anita Schwatz no Rio de Janeiro. Paticipou das coletivas “Emerald City “ no projeto itinerante Rider Project em Chicago e Nova Yorque, Accident no Mnac em Bucareste, “A contemplação do mundo” paralela à 29ª Bienal de São Paulo, 20 anos do Programa de Exposição do CCSP, “Paisagem incompleta” Museu Usiminas, “10 anos da Bolsa” na Fundação Iberê Camargo em Porto Alegre. Ganhou Prêmio Marcantonio Villaça de aquisição de obras, Bolsa Iberê Camargo, Prêmio Projéteis de Arte – FuNARTE Rio, Prêmio Interferências Urbanas no Rio de Janeiro. Entre 2001 e 2004 fundou e dirigiu a galeria independente 10,20×3,60. Parte de seu trabalho pode ser visto no www.wagnermaltatavares.art.br.

Mestre em Poéticas Visuais pela Escola de Comunicação e Artes da USP. Como artista participou de exposições como “Contrabando”, 2006, e “Desenhos estranhos”, 2005, na Galeria Luisa Strina e “Panorama da Arte Brasileira” em 2001. Individualmente, sua exposição mais recente foi “Canteiro” também na Galeria Luisa Strina, 2009, e em breve inaugura “Fragata” no MAC de Niterói. Faz parte do grupo de artistas Delenguaamano, que em 2009 realizou na Pinacoteca do Estado de São Paulo a exposição “Monumetria”..

É artista e videomaker. Seu foco de investigação artística é a criação de aparatos fotográficos próprios para a captação e reconstrução do movimento e sua apresentação em vídeo. Seus trabalhos já foram expostos em importantes mostras e galerias, como a Tate Gallery em Londres, 16º Videobrasil en São Paulo, Laboratório de Arte Alameda, México. Foi selecionada pelo prêmio RUMOS de Artes visuais do Instituto Itaú Cultural e em 2009 realizando exposicões na Casa Andrade Muricy em Curitiba, Museu de Arte Moderna em Salvador, Itau Cultural, SP e Paço Imperial , Rio de Janeiro.

Em 2090/2010 Realizou a exposição ERBF ‐ estação radiobasefotográfica , sua primeira individual no Brasil, dentro do programa de exposições do Centro Cultural São Paulo. Recetemente foi selecionada para a residência “ The Artic Circle” para desenvolver o projeto Bitacora a bordo de um veleiro no Polo Norte. Tal projeto atualmente é finaciado pelo Premio da FUNARTE Marc Ferrez 2010 de criação fotográfica.

Nasceu em Florianópolis, SC, cursa Bacharelado em Artes Plásticas pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Participou da exposição Gabinete, proposta por Diogo de Moraes, Marcelo Camparini, Fábio Tramonte e Rafael Campos Rocha, realizada no Museu Victor Meirelles, participou das edições da exposição de publicações de artistas – LOJA com curadoria de Regina Melim nas cidades de Curitiba, Florianópolis, São Paulo, Riberão Preto e Porto Alegre, participou do 12° Salão Nacional de Itajaí, com curadoria de Josué Mattos, e da mostra Paralelo Cascaes, com curadoria de Fernando Lindote e Fernando Boppré, integrando a exposição de Franklin Cascaes no Palácio Cruz e Sousa em Florianópolis.

Nasceu, em 1977, em Santa Maria/RS. Hoje, vive e trabalha em Porto Alegre. Doutorando em Artes Visuais pelo PPGAV da UFRGS. Sua pesquisa está centrada na produção de objetos múltiplos, os quais investigam as distintas formas de abordagem, circulação, apresentação e instauração do trabalho artístico em diferentes meios. Seus trabalhos gráficos abarcam a produção de cartazes de cinema, adesivos, livros, publicações de bolso, instituições em escala reduzida, embalagens de remédios e selos postais. O uso da linguagem como circunstância de desentendimento, a aproximação do trabalho artístico aos objetos do cotidiano e os seus modos de ficção articulam-se como instâncias de investigação. Dentre as mostras e atividades principais das quais já aprticipou, destacam-se 21ª Mostra Centro Cultural São Paulo [2010] – CCSP / São Paulo. Obra Inventário [2010] – Espaço Cultural Marcantonio Vilaça / Brasília. 12º Salão Nacional de Artes de Itajaí [2010] – Santa Catarina. Bolsa FUNARTE de Estímulo à Produção Crítica em Artes Visuais [2010] – Rio de Janeiro. LOJA [2010] – Pinacoteca Barão de Santo Ângelo/ Porto Alegre. Salon Light – Flores e Livros [2009] – Galeria Vermelho/Tijuana/ São Paulo. LOJA [2009] – Memorial Mayer Filho/ Florianópolis. 59° Salão de Abril [2008] – Fortaleza. Droga de Artista in Arquivo de Emergência/Eventos Arquivados [2008] (Org. Cristina Ribas) – Arte e Esfera Pública / São Paulo. 6º Bienal do MERCOSUL – Projeto Diálogos [2007] – Porto Alegre, 33º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto [2005] – Santo André.

Nasceu em 1974, em Brasília, é graduado em Artes Visuais com habilitação em escultura pela UFRGS (2009/2). Reside e trabalha em Porto Alegre onde é cofundador e integrante do Atelier Subterrânea. Em 2009, é selecionado para o programa de exposição do Goethe-Institut Porto Alegre com o projeto Trajetórias Ortogonais, e também participa do evento Oi Expressões (Porto Alegre), com curadoria de Marcello Dantas, apresentando a instalação Nihil Obstat. No mesmo ano participa da exposição Entre Séculos no Museu Nacional de Brasília, com curadoria de Wagner Barja, apresentando o trabalho 4,5 metros horizontal, que integra o acervo desta instituição. Em 2010 recebe o Prêmio Destaque em Escultura 2009 no IV Açorianos de Artes Plásticas da cidade de Porto Alegre, referente à exposição Duas Grandezas realizada na Galeria Iberê Camargo da Usina do Gasômetro. Ainda neste ano recebe o prêmio aquisição Leonello Berti, pelo trabalho Situação de Canto, no 35° SARP – Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional – Contemporâneo. Recentemente foi convidado a participar do projeto Tripé | Paraleo 30 realizado pelo SESC Pompéia (SP) com curadoria de Jailton Moreira.

Formou-se em Artes Plásticas pela UFSM/RS em 2000. Participou do espaço Torreão de 2001 a 2003. Integra A Casa como Convém. Principais exposições: 7ª Bienal do Mercosul – Grito e Escuta 2009; Paço das Artes – Temporada de Projetos 2009; Prêmio Projéteis Funarte 2007-2008; Programa de Exposições Centro Cultural São Paulo, 2008; Abre Alas – Galeria A Gentil Carioca – Rio de Janeiro, 2008; Prêmio Concurso vídeo-arte da Fundação Joaquim Nabuco – Recife 2007; SPA das artes 2007 e 2004 – Recife; Fiat Mostra Brasil – São Paulo 2006. Vive e trabalha em Recife.

Mestrado em Artes Visuais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Bacharelado em Artes Visuais na UFSM/RS. Participou do Espaço Torreão em 2006. Principais Exposições: Trajetórias FUNDAJ 2009; Salão Arte Pará 2009; Prêmio Projéteis Funarte 2007-2008; Pulsión Visual no Museu San Fernando de Maldonado/ UY, 2007; Exposição Programação do Perdidos no Espaço na Pinacoteca Barão de Santo Ângelo, POA/RS, 2005; 31° Salão de Arte de Ribeirão Preto. SP 2006; Vive e trabalha em Porto Alegre.

Fernanda Gassen e Cristiano Lenhardt

São João do Polêsine RS 1982 e Itaara RS 1975

Em janeiro de 2006, Fernanda Gassen e Cristano Lenhardt firmaram um contrato de trocas de imagens. Cada um em sua cidade envia imagens para o outro. Essa imagem é inserida na paisagem do outro e resulta na sobreposição/colagem de paisagens.

Projeto Força Tarefa é o primeiro trabalho da dupla de artistas Cristiano Lenhardt e Fernanda Gassen. Fazem da distância geográfica o assunto para trocarem paisagens descobrindo-se um pelo universo do outro, e, pelo tempo dedicado. As formas de realizar o encontro de lugares estão desenhadas na ‘colagem’ de paisagens de Recife e Porto Alegre. As ações, inicialmente fotográficas, se realizam com a troca de paisagens, onde, Cristiano registra uma paisagem do Recife e enviada para Fernanda, que insere a imagem revelada em outra paisagem e fotografa novamente – e vive-versa. Neste caso, as paisagens se sobrepõem in lócus. Outra forma de troca se dá quando Fernanda fotografa uma película inteira com paisagens de Porto Alegre, e envia o filme para Cristiano que expõe novamente a película com paisagens do Recife – e vice-versa. Neste caso as paisagens se sobrepõem na película. Após a produção das imagens, elas compõem conjuntos de imagens que dialogam por uma relação dada na ação fotográfica, ou mesmo, pelo que resulta desta ação. Tais acionamentos da paisagem, os quais intensificam uma aproximação pela fotografia, proporcionam o encontro real entre os artistas. Neste encontro, o tempo compartilhado gera vídeos, com a reunião de Cristiano e Fernanda, além de suas respectivas paisagens.