Eu sou enxame

Primeira mostra individual em espaço institucional do artista Patrick Rigon em Porto Alegre. São dez pinturas a óleo, sendo uma delas inédita. As demais, produzidas entre 2016 e 2017, integraram exposições no Rio de Janeiro, São Paulo e em Miami, e retornam a Porto Alegre para conhecimento do público.

“Para descrever dualidades, como dentro e fora, mal e bem, implícito e explícito, Rigon propõe alegorias de natureza hiper-realista compostas por uma figura humana preponderante e outros seres no entorno”, observa Cézar Prestes, o curador da mostra. “O artista dá evidência aos elementos por meio de uma paleta cromática incomum e técnica de pintura a óleo irretocável”.

A presença da abelha, insinuada no título da mostra, resume a dor e a doçura da arte de Rigon. “Elas são reveladas por meio de recursos autobiográficos e vocabulário a serviço do relato de uma história de ambiguidade”, destaca Prestes. O artista explora a pintura na criação de obras vibrantes e carregadas de simbologias. “São imagens intimistas, normalmente autobiográficas que retratam forças e opressões. Não almejava o hiper-realismo, apenas deixei brotar a arte que me era espontânea”, afirma Rigon.

artista

Iniciou graduação em Design na Ufrgs, concluindo o curso na Politécnica de Turim (Itália), em 2012. De volta ao Brasil, começou a pintar de forma despretenciosa e autodidata e estreou sua primeira exposição de pinturas, em 2015, na galeria Península, em Porto Alegre. Participou de parte da nova pintura do muro do Cais Mauá, também na capital gaúcha, por meio da iniciativa Arte no Muro, do Santander Cultural. Conquistou premiações em salões de artes de Novo Hamburgo (RS), de Mogi das Cruzes (SP), Niterói (RJ) e recebeu o título de Melhor Artista na 13ª edição do Salão Latino-Americano de Artes. Além disso, atua em projetos de moda e publicidade que expressem diversidade, moda genderless, transgeneridade e androginia. Para o estilista Ronaldo Fraga, por exemplo, criou estampas e desfilou no São Paulo Fashion Week. Fez parte de campanhas da C&A, Adidas e Gang. Para a Absolut, pintou a fachada de um prédio no Minhocão, em São Paulo, em defesa aos artistas e pessoas transgênero.

curador

Gestor cultural, marchand e curador de arte. Foi Secretário de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul e diretor do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs). Esteve à frente do lançamento nacional, em Porto Alegre, do livro A Vida Bate, sobre a exposição de pinturas de Siron Franco, com poemas de Ferreira Gullar. Depois de ter feito a curadoria conjunta com Iberê Camargo, coordenou o primeiro grande livro do artista, lançado em 1994, em sequência, no Margs, na Bienal Internacional de São Paulo e no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Atuou como produtor cultural, com destaque nos projetos Salão do Jovem Artista RS e Artemosfera, além de ter sido sócio da galeria Tina Presser e assessor cultural do Grupo Aplub.

abertura
18 de setembro de 2018, 19h

visitação
Até 21 de outubro de 2018, de terça a sexta-feira, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 20h; e domingo, das 10h às 18h.


programação paralela | entrada franca

CONVERSA com o artista Patrick Rigon sobre a mostra, sobre sua carreira e trabalho.
9 de outubro, das 17h às 19h | Sala 3 da Fundação Ecarta

CONVERSA o curador Cézar Prestes sobre O mercado de arte
16 de outubro, das 17h às 19h | Sala 3 da Fundação Ecarta

Obs. Não há necessidade de inscrição prévia. Capacidade: 60 pessoas


apoio

Cerveja Coruja, Sinpro/RS e Gaudí Telas.