Ecarta divulga selecionados para o Ecarta Musical 2019

A comissão julgadora do Edital de Seleção de Show 2019, da Fundação Ecarta, composta pelo jornalista Roger Lerina, o músico Fernando Corona, o produtor cultural Bruno Melo e a coordenadora do projeto Ecarta Musical Elenice Zaltron, divulgou os vencedores desta edição. O edital foi lançado em janeiro e encerrado no final de fevereiro. Foram enviadas 167 propostas.

Confira os vencedores

Negra Jaque – show Deus Que Dança
Leva o nome do segundo cd da artista Negra Jaque, lançado em janeiro de 2019, no Bar Opiniao. É um show feminista, como a trajetoria da artista. No repertório, canções que tratam das mulheres, mães, pobres e negras da periferia. Fala das alegrias e das lutas, das possibilidades que a vida oferece e as vitórias

Yanto Laitano – show Yantux
Espetáculo multimídia que mistura rock, performance e vídeo projeções para contar a história de um personagem lunático, suas loucuras, amores e amigos. O show apresenta todas as canções, vinhetas, efeitos e conversas telefônicas do disco Yantux, executadas ao vivo na íntegra e na ordem original. No palco, Yanto Laitano (voz, teclado, violão e efeitos), Beto Chedid (guitarra, violão, harmônica, efeitos e vocais) e Jana Castoldi (vídeo projeções).

Clarissa Ferreira, Emily Borghetti, Giovanna Mottini, Morena Bauler e Thays Prado – show As Tubas 
Em conjunto, as artistas formam um elo artístico que pensa, canta e toca na reflexão sobre a significância do nascer e do tornar-se mulher. Através da pluralidade de suas linguagens artísticas, unindo poesia, música e movimento, exploram maneiras diversas de trazer esses temas ao grande público. O repertório autoral de canções apresentadas tem por temas a desnaturalização do mito da beleza e a relação com o corpo, o desvelamento do assédio cotidiano, as relações do feminino e da natureza a partir da metáfora sobre uma flor extinta, até a desconstrução de mitos relacionados à tradição. Bombo, teclado, violino, guitarra e a percussividade das castanholas e do sapateado, aliados às vozes das artistas, questionam artisticamente as representações de feminilidade em nossa sociedade atual.

Marie Jafy  – Ici Ça Vá – Tributo à Música Francesa
O show revisita músicas de cantores e compositores franceses tanto consagrados (Edith Piaf, Georges Brassens, Charles Aznavour entre outros) como contemporâneos (Zaz, Camille e Vanessa Paradis). Há influências de jazz, swing, mpb e soul que se encontram e se mesclam para oferecer ao público uma experiência moderna e contagiante. No palco, Marie Jafy (voz, violão e percussão), ancorada nos arranjos sofisticados dos músicos Rodrigo Apolinário (teclado) e Yvan Etienne (saxofone e violão).

Felipe Karam – show De sol a sol
O violinista, compositor e improvisador, Felipe Karam apresenta o repertório do cd homônimo (2018), o qual abrange vários gêneros musicais e representa a síntese de uma trajetória musical vivida entre o Brasil, Reino Unido, Europa e Oriente Médio, ao longo de mais de 20 anos de carreira. Referência na música instrumental, domina gêneros como jazz, música árabe, irish music, choro, samba e diversos ritmos regionais solados ao violino de 5 cordas, fato que o coloca entre os violinistas mais autênticos da cena musical brasileira. O cd De Sol a Sol recebeu duas indicações ao Prêmio Açorianos de Música 2018: melhor compositor e melhor intérprete.

Cristian Sperandir Trio
Formado por Cristian Sperandir (piano, teclados e voz), Caio Maurente (contrabaixo) e Bruno Coelho (percussão) o trio busca uma nova sonoridade em cima da já consolidada formação instrumental através de novos arranjos e roupagens para temas variados que transitam pelo rock, new Standards, música brasileira e nativa do sul, dentre outros, mas sempre e principalmente com fragmentos do jazz. No repertório, temas autorais que estão no álbum recentemente lançado intitulado Bons Ventos, além de novos arranjos para temas já conhecidos como A Night in Tunisia (Dizzy Gillespie), Lígia (Tom Jobim), entre outros.

Thaís Nascimento – show Mulheres compositoras para violão
Projeto da violonista, professora e pesquisadora Thaís Nascimento que busca, interpreta e difunde obras feitas por mulheres, originais ou arranjadas para violão. No show, Thaís apresenta e fala sobre o repertório, trajetória das compositoras e das vivências musicais a partir de um olhar sensível ao cotidiano de ser mulher musicista. No repertório, obras de Chiquinha Gonzaga, Elodie Bouny, Lina Pires de Campos, Cíntia Ferrero, Maria Helena da Costa e Barbara Kolb.

Dunia – show Choro pampeano
Pianista, compositora e atriz-pianista, Dunia Elias é uma representante legítima do movimento que evidencia as culturas de fronteira. Sua música retrata a identidade sonora do sul do Brasil, Argentina e Uruguai – a vasta região do Pampa, onde as fronteiras geográficas se confundem e se diluem. Suas composições refletem essas influências que permeiam seu universo sonoro: O choro do Bugio (Melhor Música Instrumental no XI Musicanto) mistura o chorinho brasileiro com o bugio, ritmo de uma dança gaúcha; Choro pampeano (Prêmio Plauto Cruz no Festival de Choro de Porto Alegre 2005) é o Brasil com sotaque gaúcho.

SUPLENTES
Karmã
O espetáculo, composto de músicas autorais, é uma experiência audiovisual onde se unem a música instrumental e a projeção de imagens improvisadas simultaneamente. O quarteto se expressa com elementos do jazz, da música eletrônica e de outras vertentes rítmicas, através da combinação de saxofone tenor, sampler eletrônico, guitarra, contrabaixo acústico e bateria. Cada música contribui para o show com uma temática diferente, sendo essas exibidas em animações e imagens que refletem os diversos momentos das músicas.

Lila Borges – show Mulher popular brasileira
Projeto que atua com show de música ao vivo e conteúdo para o canal no youtube. Com formato intimista e acústico, Lila Borges traz no repertório suas obras autorais e releituras de canções de mulheres compositoras do país. O show aborda uma parte da história da música que ainda precisa de holofotes: a música feita por mulheres. Mais do que proporcionar um resgate social da participação feminina na cena musical do país, o show confirma um espaço que foi conquistado