(V) e (F) – Sobre a efetivação de relações impossíveis

Os artistas Luciano Montanha e Rafa Éis investigam os limites da representação e das noções de verdadeiro e falso a partir de situações em que elementos visuais e concretos operam juntos na tentativa de sustentar uma verdade que se mostra frágil. As oito peças que compõem a exposição, a maioria delas instalações site-specific, lidam com essas definições (ou indefinições) entre realidade e ficção, o mundo das aparências, a ilusão e até mesmo a autoria.

Os trabalhos revelam-se um atravessamento de modos de pensar e de fazer arte de Luciano e Rafa. Entendendo o lúdico como procedimento de criação, os artistas dizem que o elemento agonístico — motor do jogo e dos embates entre forças — motivou e movimentou o próprio desdobrar do jogo estabelecido entre eles. Comentam que emerge daí uma modalidade de embate na qual as forças se potencializam ao se afetarem mutuamente, resultando em proposições artísticas nas quais as autorias são indissociáveis. O terreno onde se produzem as disjunções entre o que se vê e o que se espera do que se vê é o lugar escolhido para o jogo.

artistas

É mestrando em Poéticas Visuais pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Ufrgs. Realizou as exposições individuais Imagens Dinâmicas (2007) no Sesc/RS e Janela para o Céu – situação Abyssos (2009) na Sala da Fonte e no Paço Municipal de Porto Alegre, pelo edital de ocupação da Prefeitura Municipal. Esta última foi indicada ao IV Prêmio Açorianos de Artes Plásticas, nas categorias fotografia e artista revelação. Participou de diversas exposições coletivas na capital gaúcha, destacando-se Panorâmica Pinhole, em parceria com Rodrigo Uriartt, no Sesc/RS (2010), e o Salão do Jovem Artista RBS (2009). Tem publicações em veículos como Revista Odisséia (Porto Alegre, 2009), Jornal Como (Porto Alegre, 2007), site do Projeto Percursos (2007) e revista Foto Inversa (Florianópolis, 2012). Em 2013, foi um dos curadores do projeto Arte de Acessar Cidades, financiado pela Funarte, uma parceria entre o Meme Santo de Casa e a Casa Comum, da qual é cofundador. Atua como arte educador desde 2003. Participou de projetos educativos da Bienal do Mercosul e, entre 2008 e 2011, coordenou o Programa Educativo da Fundação Iberê Camargo.

Artista visual e educador. Graduado em Artes Visuais (Ufrgs, 2012) realizou, recentemente, as ações relacionais Casa Caminhante de Arte e Criando sementes e frutos para árvores com crianças e jovens da Comunidade Campo da Tuca. Desde 2006, participa de exposições individuais e coletivas em locais como Clube de Cultura, Espaço Cultural 512, Memorial do Rio Grande do Sul, espaço Ado Malagoli (IA-Ufrgs) e Espaço Maurício Rosenblat (CCMQ). Destaca-se a mostra “Re-por/re-tornar/re-inovar”, realizada no Arquivo Público do Rio Grande Do Sul, em 2011. É integrante fundador do grupo de arte-educadores Coletivo E, ao lado de Carolina Mendoza, Diana Kolker, Juliana Peppl e Vivian Andretta. Também em 2006 passou a atuar como educador e formador de educadores em centros culturais, museus e instituições de arte, como Fundação Iberê Camargo, Santander Cultural e Bienal de Artes Visuais do Mercosul.

Conversa com os artistas:
dia 17 de agosto, sábado, às 17h
Entrada franca

em cartaz
abertura
6 de agosto, terça-feira, 19h

visitação
até 15 de setembro de 2013, de terça a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 20h; e domingo, das 10h às 18h

local
Galeria Ecarta (Av. João Pessoa, 943)