Transição e Queda

A mostra que inaugura dia 5 de maio na Galeria Ecarta e uma semana depois, dia 12, na galeria Largo das Artes, no Rio de Janeiro, é resultado de um intercâmbio entre três artistas: Eduardo Montelli, de Porto Alegre (RS), Mayra Martins Redin, do Rio de Janeiro (RJ) e Jonas Arrabal, de Cabo Frio (RJ).

A proposta do grupo foi investigar as possibilidades de uma prática artística coletiva à distância. “Queríamos ir para além do sentido comum, e repensar a ideia de intercâmbio, no sentido de troca de experiências, por meio da produção de trabalhos e relações recíprocas”, contam.

O projeto foi selecionado pelo Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais 11º edição, do Ministério da Cultura. Os artistas não saíram das suas cidades e toda a comunicação foi feita por intermédio de correspondências: cartas, e-mails, fotos, telefonemas. As idas e vindas de materiais, descolamento de mensagens, falhas e desvios do processo enfrentado pelos três marcam o trabalho.

São essas transições e quedas que dão nome ao título da exposição, que acontecerá simultaneamente em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, a partir de maio. Na verdade, trata-se da mesma obra, que se complementa nas duas cidades. Durante o processo de correspondência e criação, Eduardo, Mayra e Jonas contaram com a interlocução artística de duas curadoras, Daniela Mattos e Gabriela Motta.

A motivação de Transição e queda é a partir de um sentimento latente do mundo atual: a falta de tempo. Todos querem ter tempo e recursos para produzir trabalhos em conjunto, apesar das distâncias geográficas e, principalmente, do afastamento que o ritmo veloz da vida cotidiana impõe a todos, e até mesmo aos artistas.

artistas

Tem 25 anos, vive e trabalha em Porto Alegre. É mestrando em Poéticas Visuais pelo PPGAV/UFRGS. Trabalha com projetos gráficos, projetos para a internet, fotografia, vídeo, texto e instalações a partir de leituras e de experiências cotidianas e de memórias pessoais, dele e dos outros.

Nasceu em Campinas, tem 32 anos, vive e trabalha no Rio de Janeiro. É doutoranda em Processos Artísticos pelo PPGARTES/UERJ. Em sua trajetória artística, trabalha as questões relacionadas à imagem e à palavra, pensando os limites entre o visível e o invisível, o registro e a memória, a intimidade e a troca a partir de objetos, colagens, instalações e desenhos.

Nascido em Cabo Frio (RJ), tem 30 anos e é mestrando em Processos Artísticos pelo PPGARTES/UERJ. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Na sua obra, questões como permanência/impermanência, memória/esquecimento, estabelecendo relações com o teatro, cinema e a literatura por meio da escrita, da voz e da narrativa.

em cartaz
PORTO ALEGRE
abertura: 5 de maio, terça feira, às 19h
visitação: até 14 de junho, de terça a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 20h; e domingo, das 10h às 18h
Entrada franca

RIO DE JANEIRO
abertura: 12 de maio, terça-feira, às 19h
Largo das Artes (Rua Luís de Camões, 2, Centro)
visitação: até 12 de junho, de segunda a sexta, das 10h às 18h
Entrada franca

local
Galeria Ecarta (Av. João Pessoa, 943, em Porto Alegre)