Da delicadeza como última casa da revolta

De acordo com Ariane, que elabora o seu fazer artístico e a sua pesquisa a partir da poética do corpo, a exposição visa tornar possível um espaço-tempo (casa) para a revolta, sendo a delicadeza refúgio último para os corpos que desejam escapar das opressões cotidianas.

“A cada um cabe a política que lhe é possível para fazer um outro mundo e parece que quando tratamos sobre fraquezas, soa ao ouvido dos outros como força. Talvez seja uma estratégia de sobrevivência do artista falar de suas fraquezas e assim poder inscrever-se nos jogos de poder”, reflete. Quando Ariane fala de fraquezas não quer com essa força acessar os jogos de poder. Na verdade ela quer que o poder desça até os fracos, que o fraco seja o forte sem ter que tornar-se forte à força. “Nesses passos e espaços, jogo o corpo, inscrevo meu corpo na política, micro e/ou macro. Provavelmente tudo seja ruína com cujos pedaços construo paragens na fronteira”, completa.

artista

Ariane Oliveira cursa Artes Visuais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e costuma participar em diversas exposições coletivas em Porto Alegre. Seu trabalho integrou, por exemplo, Convocatória 331, do Instituto Estadual de Artes Visuais (IEAVi), na Casa de Cultura Mário Quintana, a mostra audiovisual Sem Destino, na Pinacoteca Barão de Santo Ângelo do Instituto de Artes da Ufrgs; Faturas, no Memorial do Rio Grande do Sul. Elaborou a foto-instalação Corpo labirinto submerso, no espaço Ado Malagoli, do Instituto de Artes. Participou também da performance Nós do Corpo: dores e prazeres, na Casa Frasca.

abertura
28 de junho de 2017, às 19h

visitação
Até 30 de julho, de terça a sexta-feira, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 20h; e domingo, das 10h às 18h. Entrada franca

local
Galeria Ecarta (Av. João Pessoa, 943 – Porto Alegre)

performance | 13 de julho

O beijo na calçada

O beijo na calçada

As artistas Ariane Oliveira e Isabella de Mendonça, ambas com mostras individuais em cartaz em Porto Alegre, realizaram a performance Casa Suspensa. A ação começou às 17h no porão da Galeria Espaço IAB (Rua Gal. Canabarro, 363, Centro Histórico), com uma performance de Isabella. De lá, ela e Ariane seguiram juntas levando um fio de linha até a Galeria Ecarta, onde Ariane realizou a ação Transe Terra a partir de objetos instalados no espaço. Com a proposta, as artistas uniram simbolicamente as duas exposições que tratam da questão da mulher. A mostra de Isabella ficará em cartaz no IAB até 14 de julho.