Alabem Brasileiro com o grupo Alabê Öni

Com Richard Serraria, Mimmo Ferreira, Pingo Borel e Tuti Rodrigues. O grupo Alabê Öni surgiu da vontade de resgatar os tambores e manifestações de raiz africana do Rio Grande do Sul. A pesquisa teve como propulsor o documentário em longa-metragem O Grande Tambor, produzido pelo Coletivo Catarse. Durante dois anos em uma turnê que passou por todos os estados do Brasil realizou 60 shows no norte e Nordeste, em 2013, e, outros 60, no Sul, Sudeste e Centro-oeste, em 2014, através do projeto Sonora Brasil do Sesc. Em 2015, produziu o espetáculo: Alabem brasileiro, já com o novo DVD em fase de finalização. O Alabem Brasileiro é uma reunião de diferentes manifestações populares negras de diferentes estados por onde o grupo passou nos últimos anos. É a união de toques afro brasileiros, como o tambor de crioula do Maranhão e Carimbó do Pará, aos tambores gaúchos.

artista

Percussionista. Filho de Walter Calixto, conhecido como Borel, alabê (tamboreiro) de Nação, forma religiosa de matriz africana vigente no Rio Grande do Sul. Walter Mello Ferreira, nascido e criado dentro de terreiro de Batuque conhecido no Rio Grande do Sul como Nação Oyó-Ijexá, acompanhou seu pai tocando atabaques e entoando cantos desde criança. Nos últimos anos tem desenvolvido trabalhos no universo da música popular gaúcha tocando cavaco e tambores com Bataclã FC, Richard Serraria, Thiago Di Lucca, etc.

Percussionista. Nascido na cidade de Rivera, Uruguai, fronteira com Rio Grande do Sul, filho de pai brasileiro e mãe uruguaia, desde criança teve contato com o ritual do candombe, tradição de matriz afro uruguaia, materializado em 3 tambores: piano, chico e repique. Reside no RS há mais de 25 anos onde se tornou o principal artífice da fusão do candombe com a música popular brasileira à medida que é um instrumentista requisitado pelo 1º time da música popular gaúcha.

Percussionista. Natural de Porto Alegre, em 1997 começa sua pesquisa sobre o sopapo e em 1998 passa a usar tal tambor na música pop gaúcha junto com a Bataclã FC. Participou das duas edições do Projeto CABOBU em Pelotas no ano 2000 aglutinando esforços na recuperação do tambor sopapo. Integrante da bateria dos Imperadores do Samba, União da Vila do IAPI e Bambas da Orgia nos últimos anos. Tem oito discos lançados sempre com presença do tambor sopapo. Ganhador de cinco prêmios Açorianos, atua ainda no âmbito acadêmico concluindo por hora o doutorado na Literatura Brasileira, estudando a Canção Brasileira e sua relação composicional com tambores.

Desde criança ouvindo os sambas que seu pai organizava nos jogos de futebol e em churrascos de amigos e família onde foi se interessando e passou a gostar de música. Passou a aprender instrumentos de percussão de samba, mas foi aos quinze anos que começou a estudar outros instrumentos. A partir daí se aprofundou em outros gêneros e ritmos musicais. Já acompanhou vários artistas como Jamelão e Jovelina Pérola Negra. Estudou na África do Sul (Cap Tow, Costa do Marfim, Mali, Ghuine, Ghana), após essa pesquisa circulou pelo Brasil como Recife, Natal, Maceió, Olinda, Bahia para comparar os ritmos da África com os brasileiros. Em 2015 lecionou percussão na Califórnia.

data e horário
22 de outubro,18h

ingresso
Entrada franca

local
Fundação Ecarta (Av. João Pessoa, 943, Porto Alegre)